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25 de jan. de 2010

[DRUMMOND - Cidadezinha qualquer





PEDRO LUSO DE CARVALHO

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, o mineiro nascido na pequena cidade de Itabira, fez sua estreia em livro no ano de 1930, com Alguma Poesia. Nessa obra, o poeta reuniu trabalhos que havia começado a produzir a partir de 1925. A crítica literária e o público leitor recebeu o livro (Alguma poesia) com forte reação, quer de elogios quer de contrariedade.
Não se podia negar que ali se via um grande poeta, como poderia ser aquilatado nos livros que se seguiriam a este, como: Brejo das almas, 1934; Sentimento do mundo, 1940; A Rosa do povo, 1945; Claro enigma, 1951. Tais obras dariam a Drummond a posição de um dos maiores poetas brasileiro.
Segue o poema Cidadezinha qualquer, de Carlos Crummond de Andrade (in antologia poética / Carlos Drummond de Andrade. 11ª ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 34):


CIDADEZINHA QUALQUER
– CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE



Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar,
um cachorro vai devagar,
um burro vai devagar.

Devagar… as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.





*   *   *




Um comentário:

  1. Lembro que logo quando tive contato com a poesia encantei com os poemas dele.
    Nascido na Itabira tenho por Drummond grande admiração e tive a grata alegria de passear pela fazenda da família nos anos 60 e 70 até que a mineradora(Vale) destruiu tudo.Hoje como compensação a fazenda é um museu próximo à casa de minha mãe, mas como dói,rsrs
    Bela partilha.
    Abraços

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Pedro Luso de Carvalho